Conhecendo o Ecuador.
Serpenteando pelo mapa da América do Sul, no Perú começamos nosso trajeto nas alturas do altiplano andino e terminamos no nível do mar, enquanto no Ecuador começamos no nível do mar e terminamos novamente na Cordilheira do Andes, a cadeia montanhosa mais longa do planeta.
Apesar de ser um país pequeno, há muita diversidade no Ecuador. Saindo da costa em carro, em três horas é possível chegar a um parque nacional a quase quatro mil metros de altitude. Com mais três horas de viagem, pode-se chegar à floresta amazônica.
O país é lindo e está cada vez mais preparado para receber turistas. Ele nos surpreendeu!! All you need is Ecuador!!
Alguns dos lugares lindos por onde passamos, em ordem cronológica, indo do sul ao norte:
1 – Cuenca
Bonita, agradável, verde, histórica, turística. Esta cidade, na zona andina, a 2550 metros de altitude. Ela nos impressionou positivamente pelo bonito centro histórico, pelas ruas limpas, pelos km e km de parques nas margens dos rios, e pela infraestrutura que tem para atender os turistas. Esta cidade e Sucre, na Bolivia, são as duas cidades grandes mais bonitas que vimos na viagem até agora.
2 – Parque Nacional Cajas
Este parque está a quase quatro mil metros de altitude, bem perto da cidade de Cuenca. Se pudéssemos resumir este Parque em duas palavras, elas seriam Frio e Fantasia. Frio porque a diferença de temperatura em relação a Cuenca nos fez mudar de bermuda e chinelo para calça, blusa e toca. Fantasia porque a paisagem formada pelo céu nublado, lagoas com águas entre o cinza e o azul, árvores com tronco marrom e arbustos verdes, parecia saída de algum livro de sonhos. Há várias trilhas para fazer; a entrada no parque é gratuita, mas se cobra para acampar. Leve proteção para o frio e chuva.
3 – Canoa
Canoa é uma pequena vila de pescadores que está ficando cada vez mais turística, porém, seus esforços neste momento estão focados em recuperar-se do terremoto de 7,8 graus que sofreu em abril de 2016; e há muito trabalho para ser feito. Apesar disso, ainda se encontram turistas na área, muitos estrangeiros. Ali trabalhamos num lindo hotel, chamado Canoa Beach Hotel.
4 – Finca Rio Muchacho
A Finca Rio Muchacho (www.riomuchacho.com) está a 17 km de Canoa; é um sítio orgânico conhecido internacionalmente e recomendado por Trip Advisor e National Geographic. Lá é possível acampar, hospedar-se em chalés ou fazer trabalho voluntário (se cobram pelas três opções). Alan esteve lá por uma semana, num clima total de sítio: a rotina começava às 6:15 da manhã e incluía dar de comer aos animais e cuidar da terra. A experiência mais marcante que teve foi mover dois leitões de chiqueiro, carregando cada um nas costas, dentro de um saco; eles estavam aterrorizados, e lhe deu pena vê-los assim. Pela Finca ser tão reconhecida, e por cobrar pelo trabalho voluntário, esperávamos mais. Um atenuante para tudo isso é o fato de que eles também sofreram com o terremoto.
5 – Lago Quilotoa
Esta lagoa está a 3400 metros de altitude, na cratera de um vulcão extinto, e dá o nome ao povoado que está na sua entrada. É um desses lugares onde você toma uma foto de cartão postal sem esforços, dada a beleza natural do lugar. Para acessar o povoado paga-se U$2,00 por pessoa, o que garante acesso a banheiros, estacionamento, informação turística e visitar a lagoa. Para chegar ä lagoa é necessário fazer uma trilha de uns 30 minutos de descida, onde você vai apreciando toda a beleza da paisagem. No povoado há opções para comer e dormir. Nós dormimos no estacionamento, dentro da AlMa (nossa casa rodante).
6 – Baños de Agua Santa
Esta cidadezinha de 20 mil habitantes, mais conhecida como Baños, localizada na serra ecuatoriana, a 1800 metros sobre o nível do mar, está repleta de águas termais (preços variando de U$2,00 a U$4,00 por pessoa para entrar), esquentadas naturalmente pelo vulcão Tungurahua, que guarda a cidade. Além das termas, há trilhas, trilhas de bicicleta, cachoreiras, escalada, rafting, e outras opções de esportes de aventura. Uma das principais atrações turísticas da cidade é a Casa del Árbol (a casa da árvore) e o Colúmpio del fin del mundo (balanço do fim do mundo), que estão localizados no mesmo lugar, numa propriedade privada, e se cobram apenas U$1,00 pela visita. As fotos falam por si mesmas. Recomendamos!
7 – Parque Nacional Cotopaxi
Cotopaxi é o segundo vulcão mais alto do Ecuador, com 5897 metros de altitude, e seu topo está permanentemente coberto com neve, o que é chamado neve eterna. É um vulcão ativo, que teve sua última grande erupção no ano de 1877. Ao seu redor o governo ecuatoriano criou o Parque nacional Cotopaxi que está aberto ao público e oferece trilhas, informações básicas sobre o vulcão, espaço para acampar, para fazer churrasco, e claro, tudo com a imponente visão do Cotopaxi. Não se cobra por nenhuma das atividades, nem para acampar, só é necessário apresentar seu passaporte e fazer um registro na entrada do parque. Durante a noite a temperatura pode chegar a menos de zero. Recomendamos a experiência!
8 – Quito
Quito é a capital ecuatoriana, apesar de a maior cidade ser Guayaquil. Nós não fizemos turismo por lá, mas nos recomendaram visitar seu centro histórico mais de uma vez. Além do centro histórico, há o monumento La Mitad del Mundo, que é o ponto por onde passa a linha do Ecuador, que divide o globo terrestre em hemisfério sul e hemisfério norte. Nós somente chegamos lá perto, pois para chegar até o monumento deve-se pagar US$3,50 por pessoa ou U$7,00 para chegar ao monumento, entrar a um museu e a um planetário. Esse é o ponto turístico mais visitado do país.
9 – Feira de Otavalo
Otavalo está a 90km ao norte de Quito, e é uma cidade famosa e reconhecida por sua gigante feira de artesanatos que acontece aos Sábados. Nós não a visitamos, pois passamos pela cidade num dia de semana (em que também há feira de artesanatos, mas é menor).