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  • Foto do escritorOs Antípodas

Férias incas com Mariana

Atualizado: 15 de abr. de 2020


Projeto Ciclos – Diário de bordo 30

"...luta por teus sonhos, e quando tenha que partir ou deixar ir, faça-o com agradecimento e alegria; nunca poderá chegar quem não se atreveu um dia a partir." - Chamalú, trecho do livro Maestria em Felicidade.

Recebemos Mariana na manhã do dia 18 de julho no aeroporto de Cusco, Peru, com expectativa e emoção. Passamos o dia no hostal onde nos hospedamos, para a irmã da Marcela descansar das mais de 24 horas de viagem, para nos atualizarmos das notícias do Brasil trazidas por ela, e para ela começar a se acostumar com a altitude, que era de 3.400m sobre o nível do mar. O próximo dia reservamos para passear pela cidade, ir a museus e aprender um pouco sobre a história da civilização inca (conquistada pelos espanhóis no ano 1532), e almoçar no mercado San Pedro, o mercado central de Cusco; lá se pode comer bem barato: uma sopa, um prato principal e uma bebida por apenas 5 Nuevos Soles por pessoa (equivalente a R$5,00).

De Cusco partimos ao Valle Sagrado de los Incas, conhecendo impressionantes ruínas de um templo para o deus Inti (sol) e as famosas “terrazas”, que os estudiosos interpretam como experimentos de agricultura nas montanhas. Cortando as montanhas, os engenheiros incas obtinham sucessivos terrenos planos de alguns metros de largura, formando grandes escadas. Esta obra era sustentada por rochas (eles eram mestres em construção com pedras, um conhecimento que parece não ter sido valorizado pelos espanhóis colonizadores, e se perdeu) e contava com um sistema interno de drenagem de água de chuva. Conhecemos também Ollantaytambo, um povoado inca ainda habitado, lindo e turístico.

Movidos pela vontade de descobrir, conhecer e compartilhar, partimos em direção à famosa Macchu Pichu. A natureza é viva, por isso está sempre mudando. Quem não está disposto a mudar, a aprender, a viver o novo, vive como se estivesse morto (e, às vezes, nem percebe isso).

Desde Ollantaytambo fizemos um caminho de 150km com a AlMa (nossa furgoneta), subindo a mais de quatro mil metros de altitude, e baixando a 1550 metros. Um caminho lindo, com montanhas e neve, e uma marcante diferença entre a subida seca e a baixada úmida e verde, com bastante vegetação... vegetação que não víamos desde o sul do Chile, há 9 meses. Esse caminho nos levou até o povoado de Santa Teresa em cerca de cinco horas, onde deixamos a AlMa num camping e partimos de táxi até um lugar conhecido como Hidrelétrica, de onde parte o trem a Aguas Calientes (o povoado de onde se sobe à famosa Machu Picchu). Marcela e Mariana tomaram o trem e eu segui caminhando (cerca de 12km), junto com outra centena de turistas que faziam o mesmo.

Visitamos Machu Picchu pela manhã. Um lugar intrigante, lindo e extremamente turístico; subimos caminhando por duas horas até chegar à sua entrada; contratamos uma guia turística que nos contou um pouco sobre o lugar e sobre a teoria dos pesquisadores sobre como os construtores trabalhavam as rochas. Fiquei impressionado pela quantidade de turistas frequentando o lugar. Eram tantos que haviam regras de “trânsito”, com “vias” com um sentido de circulação e fiscais vendo se todos estavam indo no sentido correto. Neste mesmo dia, pela tarde, ainda fomos para as águas termais do povoado que, como esperado, estavam cheias de gente. No futuro, talvez escreverei um texto somente sobre Macchu Pichu, mas agora é hora de seguir viagem!

A volta para Cusco se deu no outro dia, onde passamos todo o dia viajando, e ainda tivemos tempo de visitar outra ruína inca no caminho. O último dia las hermanas tiraram para “turistar”, comprando lembranças e presentes de Cusco para os familiares.

Sim, Mariana veio sozinha visitar-nos. Mas só chega quem tem coragem de partir.

Gracias por su coraje!

Vamo que vamo!!


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