Conhecendo a Bolívia
Em nosso trajeto pela linda e diversa Bolívia, estivemos sempre entre a Cordilheira dos Andes e o altiplano andino. Assim, não conhecemos o chaco nem a selva boliviana. Em nossa experiência de quase três meses no país, recomendamos conhecer, em ordem cronológica:
1 – Mercados centrais
Há em todas as cidades por onde passamos. Sempre cheios de vida, cheiros, cores e sabores, são lugres onde se pode viver a cultura boliviana e comprar comida barata.
2 – Tupiza
Passamos rapidamente por lá, mas vimos que há várias opções de turismo de aventura, como trekking, mountain bike, passeios a cavalo, e excursões de vários dias até o Salar de Uyuni, passando por lagoas de diferentes cores e gêiseres, no altiplano andino.
3 – Estrada entre Tupiza e Uyuni
Uma estrada de 200km de terra que une Tupiza a Uyuni (onde está o famoso salar de Uyuni, o maior do mundo). Para mim esse foi o caminho mais bonito e completo que fizemos até agora: passamos por trechos de boa estrada, de costela de vaca, de areia fofa, de pedra, de pedra solta, cruzamos rios rasos, fizemos uma parte do caminho por dentro de um rio, vimos dunas de areia, terra vermelha, laranja, marrom e branca, montanhas e montes, alguns cobertos de neve, esculturas naturais em rochas... foi uma agradável surpresa. Um caminho lindo para fazer de carro, moto ou bicicleta, sem pressa.
4 – Salar de Uyuni
É o maior salar do mundo, com uma superfície de mais de dez mil quilômetros quadrados, numa altitude de aproximadamente quatro mil metros sobre o nível do mar (salar é um lago superficial onde a taxa de evaporação é maior que a taxa de entrada de água, resultando num acúmulo de sais ao longo dos anos); bastante conhecido e turístico.[OA1] É possível fazer tours em carros 4x4 durante vários dias por ele. [OA1]buscar tamanho e o que é salar
5 – Cidade colonial de Sucre
É a capital do país, e alberga vários órgãos do governo plurinacional boliviano, apesar da administração política estar em La Paz. Uma cidade surpreendentemente bonita, onde o centro histórico até hoje é o centro da cidade, e não apenas um centro turístico. Os edifícios são muito bem mantidos, uma praça central linda, e muita cultura: música, museus, exposições, palestras. Segundo um amigo viajante espanhol, é a cidade mais bonita que ele viu na América do Sul.
6 – Comunidade ecológica Janajpacha
Uma comunidade localizada em Quillacollo, perto de Cochabamba, fundada na década de 80, hoje é um Ashram Xamânico (www.janajpacha.com). É possível hospedar-se lá pagando ou fazendo trabalho voluntário. A rotina diária inclui meditação ao despertar, café-da-manhã, trabalho por cinco horas, tarde livre, jantar e reunião noturna para ler algum livro, escutar alguma mensagem gravada de Chamalú (o fundador da comunidade, www.chamalu.com), ou para dançar. Algumas vezes Chamalú vem à comunidade pessoalmente, desde Cochabamba, fazer palestras e responder perguntas dos espectadores. Janajpacha é um lugar lindo, com pessoas especiais, ótimo para refletir sobre a vida, questioná-la e realizar mudanças.
7 – Teleférico em La Paz
La Paz é impressionante, pois está em uma cratera, se estende por todos os lugares ocupáveis, inclusive subindo os inclinados morros ao redor. A visão da cidade desde os confortáveis teleféricos recém instalados é incrível. O preço é acessível, pois não foram construídos para os turistas, mas como um meio de transporte para a população. São mais uma das melhorias que se viu no país nos últimos anos a partir da nacionalização do petróleo... dinheiro que antes ia para o exterior e agora fica no país e pode ser reinvestido.
8 – Copacabana e Ilha do Sol
Copacabana é um povoado turístico na beira do sagrado Lago Titicaca, o mais alto lago navegável do mundo (3800 metros sobre o nível do mar), com mais de oito mil quilômetros quadrados de superfície, considerado sagrado pela cultura inca. Ali é possível fazer esportes náuticos, passeios de barco, trekkings em morros com vistas lindas, e visitar a famosa Ilha do Sol, que possui três povoados, e onde não há carros. É um lugar muito bom para relaxar e fazer caminhadas. Na chamada parte norte da ilha é possível ficar em hostels que são casas de famílias, convivendo com eles e compartilhando sua cozinha simples com fogo a lenha. Na parte sul, mais turística, as hospedagens são mais profissionais e caras.