A captação de água de chuva é um tema que carrega suas controvérsias e polêmicas, principalmente quando se discute se pode ou não pode tomar a água de chuva. Nesse ponto, normalmente sobram opiniões próprias e faltam informações baseadas em evidências científicas.
Eu não tenho a resposta a essa pergunta, mas tenho duas contribuições para a discussão. Primeiro, na Cidade do México, que é como São Paulo com seus vinte milhões de habitantes, há casas com sistemas de captação de água de chuva que utilizam sistemas de filtros (microfiltração + carvão ativado + desinfecção) para tomar a água. Há uma empresa muito séria, chamada Isla Urbana, que trabalha somente com captação de água de chuva lá, e que recomenda esses filtros.
Minha segunda contribuição é no sentido em que discute-se eternamente o tema de “beber ou não beber” a água de chuva enquanto tem-se acesso à água de outras fontes (como a que chega confortavelmente em nossas casas vinda do sistema de abastecimento de água da cidade). Onde a água é escassa, essa discussão não existe; a pessoa toma a água sem pensar se ela pode conter nano-impurezas ou se ela irá diluir os sais do seu corpo por ser destilada, pois a outra opção é passar sede.
Dentro das ideias do saneamento ecológico e do saneamento sustentável, a captação de água de chuva pode adquirir uma importância muito maior do que ela tem no saneamento convencional.
No vídeo a seguir, mostramos um sistema de captação de água de chuva instalado no Centro Demonstrativo de Ecotécnicas Sarar Transformación, em Tepoztlán, México. Ele alimenta um escritório que funciona cinco dias por semana, com aproximadamente cinco pessoas, que almoçam ali. A cisterna também está conectada à água da rede de abastecimento de água municipal, que pode ficar dias sem funcionar nos períodos de seca.
Bom vídeo! E quem quiser, deixe seu comentário.
Mais informações:
Isla Urbana, ONG/empresa mexicana que trabalha exclusivamente com captação de água de chuva: www.islaurbana.mx
